Com relação à concentração total de sais, a água pode ser classificada como:
- C1 – água de baixa salinidade: pode ser usada em quase todas as culturas e quase todos os solos. A lixiviação é conseguida em condições normais de irrigação.
- C2 – água de média salinidade: pode ser usada com lixiviação moderada de sais.
- C3 – água de alta salinidade: deve ser usada em espécies vegetais com alta tolerância aos sais. Os riscos dessa classe de solo podem ser amenizados com a utilização de irrigação localizada.
- C4 – água de muito alta salinidade: não é apropriada para irrigação.
Sodicidade:
- S1 – água com baixa sodicidade: pode ser usada para irrigação na maioria dos solos.
- S2 – água de sodicidade média: em solos argilosos representa perigo considerável de dispersão das argilas com redução de permeabilidade.
- S3 – água de alta sodicidade: pode produzir níveis tóxicos de sódio trocável na maioria dos solos.
- S4 – água de muito alta sodicidade: inadequada para irrigação.
Concentrações elevadas de elementos tóxicos como cloro, sódio e boro podem reduzir a produção vegetal ou complicar os problemas relacionados com a salinização e codificação do solo.
A concentração elevada de íons bicarbonatos na água de irrigação leva a uma tendência de precipitação de cálcio e magnésio, consequentemente aumentando a concentração de sódio, uma vez que a solubilidade do carbonato de sódio é superior à dos carbonatos de cálcio e magnésio.
O aspecto sanitário é outro fator a ser considerado. Dependendo das condições da água de irrigação pode haver a possibilidade da contaminação do irrigante, da comunidade ou dos consumidores por verminoses transmitidas pela água, por simples contato ou por ingestão.