Luciano Oliveira Geisenhoff
Devido ao potencial em aumentar as eficiências do uso de água e energia, à possibilidade de controlar a aplicação de produtos químicos, à redução da mão-de-obra e principalmente à necessidade de incrementar a produção agrícola, cresce o interesse do produtor brasileiro na automatização da operação e consequentemente do manejo da irrigação.
Sistemas automáticos de controle de irrigação se tornaram uma ferramenta essencial para a aplicação de água na quantidade necessária e no momento oportuno, contribuindo para a manutenção da produção agrícola e, também, para a utilização eficiente e racional dos recursos hídricos. Com a tecnologia disponível atualmente, é possível automatizar praticamente todo o sistema de irrigação, desde o acionamento de motobombas, válvulas hidráulicas, injeção de fertilizantes (fertirrigação) e retrolavagem de filtros, até a impressão de relatórios de operação do sistema, dentre muitas outras possibilidades.
Outro ponto a salientar é que, neste momento, quando os órgãos governamentais passam a discutir a questão do uso da água pelos diferentes usuários (urbano, industrial e agrícola), a contribuição de sistemas automáticos de controle na área de manejo de irrigação poderá ser significativa no sentido de reduzir os custos de produção e diminuir os impactos gerados pelo uso da irrigação.
Os sistemas de controle de irrigação têm sofrido constante evolução, desde a utilização de temporizadores mecânicos ou eletromecânicos até, atualmente, a sistemas baseados em microcontroladores capazes de manter o controle preciso da disponibilidade de água, energia e insumos, necessários para o aumento da eficiência do sistema produtivo.