Luciano Oliveira Geisenhoff
A crescente demanda por alimentos, aliada a escassez de terras cultiváveis próximas a grandes centros consumidores, diminuição da oferta de água de boa qualidade, salinização do solo, poluição ambiental, problemas fitossanitários e globalização do mercado, fazem com que a produção de alimentos se torne altamente tecnificada para ser competitiva e sustentável. O grande avanço observado nos últimos anos em todo o setor do agronegócio brasileiro se deve principalmente ao início de um processo de profissionalização como um todo.
Os avanços tecnológicos estão presentes em todas as áreas da agricultura, desde o uso de sementes geneticamente modificadas até a colheita dos grãos feita por máquinas modernas e computadorizadas de altíssima precisão. Na área da irrigação, transformações se intensificaram a partir do final da década de 1970 e começo da de 1980. No caso da irrigação localizada, os avanços foram mais intensos em meados dos anos 1990. A abertura da economia brasileira perante o mundo (globalização) foi sem dúvida a grande mola impulsionadora para o desenvolvimento, crescimento e definição dessa técnica para uso intensivo na agricultura.
A modernização no setor agrícola, juntamente com a migração de mão-de-obra para o setor urbano-industrial, resultou na necessidade de o produtor rural selecionar alternativas que tornem o trabalho no campo mais produtivo, utilizando menor número de insumos e trabalhadores por unidade de área.
Atualmente, no Brasil, a automação de sistemas de irrigação vem sendo implantada com maior intensidade em função, principalmente, do surgimento de técnicas modernas de cultivo, aliadas à abertura do mercado às importações de equipamentos fabricados, especialmente, por empresas americanas, israelenses e européias. Nesses países, dispositivos eletrônicos no controle e manejo da irrigação são utilizados, há bastante tempo, proporcionando excelentes resultados.